Manifesto do PC, pela libertação nacional do povo brasileiro 1935 03 15 ção do Brasil não estarão em absoluto, alheios a esta campanha. Colocar seão na dianteira com todos aqueles que lutam e lutarão decididamente por um Brasil grande e forte, por um Brasil unido pe la verdadeira coesão nacional. Exército e a Marinha do Brasil não podem continuar tolerando que nosso pais continue sendo escravo dos imperialistas; que se entregue de mãos beijadas centenas de milhares de quilômetros quadrados do território nacional aos imperialistas. exército não pode tolerar que enquanto milhões de brasileiros morrem míngua, se arranque das costas do nosso povo faminto o pagamento de empréstimos e os milhões de contos de lucros das empresas imperialistas. Exército e a Marinha do Brasil não podem ficar indiferentes a que se arranque pedaços de terra a milhares de brasileiros que se expulse trabalhadores do Brasil das terras que ocupam, que se persiga e rechace os índios das matas, que se despeja brasileiros de casebres que habitam e ao mesmo tempo que se entregue o território brasileiro, de graça a imperialistas japoneses, americanos, ingleses, que se dê palácios aos agentes imperialistas, que se converta em banquetes para essas tubarões o sangue, o suor e as lagrimas de brasileiros. Exército e a Marinha trairão objetivamente a átria se continuarem indiferentes sorte e escravidão do Brasil aos imperialistas e opressão dos feudais senhores de terras e latifúndios. Exército e a Marinha do Brasil formarão decididamente, desde o soldado até os oficiais, ao lado do programa da ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA.
Os que assinam este manifesto, representantes de organizações prolet árias, camponeses e populares, intelectuais, estudantes, advogados, médicos engenheiros, militares das mai diversas tendências políticas e ideológicas brasileiros de todos os recantos do Brasil, propõem se a coordenar os múltiplos núcleos de lutadores anti imperialistas em todo o pais. Convidam para isso publicamente todos os que estão de acordo com as diret rizes deste seu primeiro manifesto a organizar grupos em cada cidade, em cada aldeia, em cada local de trabalho, em cada universidade, em cada quartel, em cada navio, a elaborar com eles na organização da ALIANÇA NACIONAL IBERTADORA DO BRASIL. Não se trat a da constituição de um novo partido político, mas sim de congregar as grandes massas laboriosas, sem distinção de credos políticos ou religiosos, em torno de um programa popular de luta contra o imperialismo.
Desde já, porém queremos deixar bem claro que o nosso movimento distingue os ricaços estrangeiros os Rotschilds, os Lazards Brothers, os Matarazzo, os Crespi, os Martinelli dos trabalhadores que vindo de outros pa íses, ganham honestamente o seu pão e são tão explorados quanto os seus camaradas nacionais.